quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Direção Cênica

Trata da concepção geral do espetáculo, o estilo de interpretação, as marcações, a iluminação, os figurinos, a música, a ambientação e a cenografia. Desde o antigo teatro grego, com um mínimo de cenários e ao ar livre, às elaboradas encenações modernas, o teatro incorpora as possibilidades técnicas de cada época.

Rafael, Leonardo da Vinci e Giorgio Vasari criaram cenários e figurinos, e Baldassare Peruzzi, um dos primeiros profissionais especializados surgidos no séc. XVI, tornou-se famoso por seus cenários em perspectiva.

O arquiteto italiano Aleotti planejou uma estrutura de cenário que se manteve até os tempos modernos. Inigo Jones, que recebeu grande influência de Andrea Palladio, utilizaria todo o repertório de efeitos cênicos conhecidos até o momento: cenários que deslizavam sobre trilhos, máquinas voadoras e cenários giratórios; e Giacomo Torelli foi o primeiro a empregar recursos mecânicos para a troca de cenário.

Em fins do séc. XVIII foram instaladas torres sobre o cenário, de onde se podia controlar a subida e descida de telões com cordas e roldanas.

O primeiro passo para a mecanização do cenário se deu na Alemanha, com a introdução de cenários giratórios, solos deslizantes e um céu de ciclorama iluminado por luz elétrica.

A partir do momento em que Sergei Diaghilev contratou pintores modernos para seus Balés Russos, os cenários entraram em fase de grande experimentação no desenho. Foi nos Estados Unidos que todas essas tendências se sintetizaram, nas décadas de 1920 e 1930.

Depois da II Guerra os cenários do Berliner Ensemble tiveram efeito revolucionário entre os cenógrafos de todo o mundo, por sua simplicidade e plasticidade cromática, mas a tradição romântica permaneceu na ópera italiana, com o trabalho de Salvatore Fiume, Nicola Benois e Franco Zefirelli.

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