O espaço cênico representa o homem na cena do mundo e seu desenho e arquitetura variam de acordo com as mudanças históricas.
O teatro grego de rituais religiosos era um espaço natural, circular, aberto à natureza em torno.
A platéia era colocada em semi-círculo em redor da orquestra, ou espaço central, cercando-o por três lados.
No séc. IV a.C. chegava a atingir de 10 mil a 17 mil espectadores.
A skene, ou área de representação atrás da orquestra era o local de guarda de material e troca de roupa dos atores, que entravam em cena por três lados. Uma plataforma mais elevada, o proscênio, veio a ser acrescentada à frente da cena, reduzindo gradualmente a orquestra.
O teatro romano tinha o modelo grego, e acrescentou arcos que permitiam construir imensos teatros ao ar livre, para 15 mil pessoas.
Os romanos inventaram também o auditorium, forma típica de pequeno teatro em semi-círculo, em torno de uma orquestra semi-circular menor. O palco era coberto e um toldo protegia o público.
A Fé Católica inspirou os dramas litúrgicos, que por volta do séc. X eram representados dentro das igrejas. Depois ganharam as praças e no séc. XIII aí eram freqüentes as encenações.
Ergueram-se mansões para representar os diferentes locais em que se desenrolava a ação seguida pelos espectadores, que se deslocavam de uma para outra.
Palcos móveis apareceram, dando origem a companhias itinerantes que iam pelas cidades em carretas cobertas tornadas espaços cênicos.
No Renascimento a cena se distanciou, fechou-se em três lados, painéis pintados davam a ilusão de realidade no palco.
A platéia lentamente separou-se em classes sociais, com espaços diferentes para cada nívei.
O teatro contemporâneo afasta as limitações formais dos espaços existentes e busca lugares menos previsíveis.
Volta-se à praça e rua, ou a espaços modulados com estilos diversos, e a disposição de cena e platéia vêm das ações dos atores.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
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